segunda-feira, 21 de maio de 2012

Aprender sem julgar


Do mal nascerá o bem, isso está na natureza.

Quando saboreamos uma deliciosa fruta, não lembramos a semente lançada ao esterco que apodreceu nas entranhas da terra e lutou para vir à luz. Esquecemos as raízes que se alimentam de detritos. Não associamos a fruta deliciosa com o estrume. Esse passado é relegado, mas é assim que a natureza opera, são as transformações necessárias. Quem esquece isso se perde no orgulho.

As leis da natureza regem as ocorrências da vida moral e espiritual.

Pessoas que negam a unidade da Criação creem-se seres à parte, criam conceitos e explicações que incutem culpa e menosprezo, rotulam sentimentos e vivências alheias destituídos de compreensão, agem como se fossem inquisidores da moral. Esquecem que tudo se transforma. Condenam sem pensar, o que é pior quando alimentam preconceitos ou ideias que são jaulas de tortura para os que os cercam, e renunciam ao livre exame, em que deveriam dizer: "Quem sou eu para contestar o fulano?". Isso é falta de amor a si mesmo. É esquecer o próprio valor e que as nossas verdades, capacidades e sentimentos são uma experiência pessoal, intransferível.

O que vem de fora precisa ser confrontado em nosso íntimo, discutido e debatido, selecionado; deve-se reter o que é bom. Viver orientações que nos distanciam da nossa verdade é sofrimento e ilusão. Sócrates dizia: ?O homem livre não deve ser obrigado a aprender como se fosse escravo. As lições que se fazem entrar à força na alma nela não permanecerão?.

[Ana Cristina Vargas]

maria tereza cichelli

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